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Mostrando postagens de 2013

Tangíveis e intangíveis

Eu gosto das suas mãos em mim, das suas mãos no mouse, das suas mãos em tudo. Das suas mãos de artista cheias de robustez e delicadeza. Gosto da maneira cuidadosa com que faz tudo, você lida tão bem com cabos que me dá inveja. Conecta um com o outro e pronto! Enquanto eu ainda estou me atrapalhando pra trocar as pilhas do controle remoto. “Deixa que eu faço”, detesto quando diz isso, me salvando das minhas duas mãos esquerdas. É sempre uma mistura de ódio com alívio. Você corta a pizza, você é melhor que eu pra isso – eu admito. Tem um cuidado pras coisas que a minha natureza desastrada não tem, quem dera ter. Acho que nos completamos bem assim, enquanto eu contenho as águas dos buracos da alma, você coloca o lixo pra fora – literalmente!  Enquanto eu fico fazendo reflexões pra escolher um filme, me demorando com aquelas brincadeiras de “vai lá, vou fechar o olho o que escolher tá escolhido”, faço mil vezes até eu escolher de verdade – enquanto isso – você já abriu as cervejas, pediu

Um lobo e eu!

"Não quero ser campeão mundial de suicídios nem ser Homo sapiens. Isto está out, é cafonérrimo. Eu sou de lua e pra ela que o lobo uiva." (Lobão - 50 anos a Mil)
"Você tem que saber que eu quero é correr mundo Correr perigo Eu quero é ir-me embora Eu quero dar o fora..."

Eu, você e a desordem

Pare de alimentar as borboletas azuis do meu estomago. Deixe-as em paz. Pare de bagunçar minhas ideias, minha rotina e meu trabalho. Pare já com isso! Não tem graça ou talvez tenha, mas pare – estou mandando! Você sabe eu não tenho lógica, gosto de café amargo no verão e chocolate extra doce no inverno. Está tudo um regaço por aqui, parecendo quarto de adolescente reprimido. Preciso reunir cada peça jogada e você aí fora fazendo festa, me confundindo ainda mais.  Desliga esse despertador, por favor. Pare de me dizer que já é hora de dizer aquilo que eu preciso dizer. Sem pressa, não me apressa! Na minha cabeça tudo não passa de um emaranhado de equações malucas e eu sempre desisto antes do denominador final, sabe bem disso. Não sou assim tão simples, tão lucida e tão sucinta. (Mani Jardim - trecho de A Fresta de Minha Fossa Abissal)

Sem título, sem nada e sem tudo o que há no nada

Não, eu não sei o que dizer a você. E não me olhe com esses olhos de ironia, não pense que é fácil não saber, não ter nenhuma pista qualquer pra dar norte as minhas manias bipolares. Eu nem mesmo oscilo. Ah, quem dera oscilar... Pelo menos eu estaria optando por algo, mas não, nem isso. Sim, tenho medo de criar raiz na encruzilhada, medo de não regressar nem seguir a diante. Medo de ir embora e medo de abrir a porta. Meu coração traidor nem mesmo me ajuda, parece um catatônico congelado aqui dentro, mas você sabe que a culpa é sua. Foi você quem lhe deu desdém embrulhado em uma caixinha bonita. Você sabe. Pois talvez tenha sido isso, talvez seja esse o motivo dele não dar qualquer sinal de vida. Acho que vou precisar decidir sem ele, então não me peça mais pra escolher com o coração, por favor. Respeitemos o fato dele estar na UTI, mas oremos pra que ele volte um dia, quem sabe. (Mani Jardim - trecho de A Fresta de Minha Fossa Abissal)

Divã

Ele me perguntou sobre os meus planos e eu contei. Dei de costas e comecei ali a refletir sobre o gozo e o descontentamento. No destilar das palavras algumas lembranças despertaram um vento gelado nas entranhas, desses que a barriga arrepia.  Pois é, o divã estava ficando pequeno pra tantas indagações. Ele já não sabia mais se era eu ou o avesso. Coisa de dezembro, coisa de fim de ano e cólica menstrual. Dizem que poeta tem dessas coisas (e acho que aspirante de poeta também), de ficar bisbilhotando a vida, de achar pelo em ovo e espremer o sentimento de tudo. O período que anuncia encerramento traz também uma dose homeopática de adeus reprimida. É quando um suspiro longo faz um 360° na mente confundindo as ideias.  E como confunde! Na retrospectiva você se da conta do que foi bom, do que foi ruim e do que não foi.  Pra quem tem uma queda pro “dramalhão” é um prato cheio. E a minha dimensão dramática acentua as coisas, eu sei, eu admito. Confesso, a agonizante certeza de q

...

Acalento

Orvalho da noite passada Terna lágrima de amor de mim escorrida Flor do cerrado, rara e bonita Enfeita-me com a tua presença campestre cantiga Que mergulharei em tua alma Alimento da minha (Mani  Jardim) 

Canta primavera, pá. Cá estou carente!

Se eu não te olhar – mar – eu não sei mais o que pode me acontecer. Essa mania de sonhar pés na areia e sal nos lábios não me deixa mentir. Me tornei obsessão, vontade profunda, desejo de mulher grávida, lombriga de criança, sei lá, acho que estou enlouquecendo deveras. Não posso mais ser livre quando durmo, não conheço mais o sonho despretensioso, sem pé nem cabeça, nem a noite dormida no escuro. Desde que comecei a sonhar contigo – mar – não parei mais, eu preciso sentir teu abraço brusco que me derruba em sorrisos e sensações malucas. Sou a tua apaixonada distante, aquela que vive para admirar-te de longe, pela fresta, da moldura que nada diz, pois dela não se pode tocar em tuas aguas. Mas agora já nem sei mais se posso continuar assim, a quilômetros, pois não sei mais se vivo ou se espero. Não sou dada a superstições, tampouco me ponho a ler horóscopos, porém, essa coisa de ser de peixes me atordoa às vezes. Seria isso? Talvez por ser de peixes eu me sinta assim tão afogada em

E pronto!

Entenda que: A vida não é COLORIDA Ela é "COLORÍVEL"... e pronto!

Meu ciganismo..

"Quando aparecem as pernas branquinhas e delicadas, as unhas impecáveis e os cabelos pretos brilhantes eu me sinto a Gata Borralheira. Pois é querido, eu não sou assim – dessas que fazem o tipo impecável, “mulher de médico”, que saem de casa de branco e voltam com a mesma tonalidade. Eu sou de Verão. Sim. Eu subo a serra, tenho os cabelos queimados do sol, sou bruta e de natureza quente. Falo mais do que devo quando estou nervosa e calo mais do que devo quando estou impressionada. Eu sou pra lambuzar os lábios e me comporto como um rinoceronte em uma loja de cristais. É sim, exatamente assim que sou. O bônus do meu grunge é a minha simplicidade, mas - calma baby - todo bônus tem um ônus e o meu é pura rusticidade. Se você não consegue ver beleza nas casas coloridas de Parati, se só se apaixona pelo modernismo bem cuidado de Niemayer esqueça, pois pra você eu sou muito feia."  (Mani Jardim)

A Poderosa!

Pra quem já atravessou o Pantanal com uma bicicleta... Falta atravessar com A Poderosa (Mani Jardim)

Orgulho e Preconceito

Amo esta cena... sem mais!

Poesia!

"Caiu do céu, se revelou Anjo da noite e das manhãs Pra amanhecer em par, em paz E quanto mais, melhor"

O filme de hoje...

Ele tem – sem dúvida – todos os atributos que eu considero dignos de um homem admirável. Abrasileirado, lindo e talentosíssimo! Minha dica de hoje é o filme Inimigo público nº 1, não o Inimigo Público do Johnny Deep (que também é bom), mas o Inimigo público nº 1 do Vicente (já que ele permitiu)!  (Mani Jardim)
“O que você faz em vida ecoa na eternidade”? Aham. Legal . Mas hoje eu estou mais pra “eu não sou piedoso” mesmo.    (Mani Jardim)
Pode ser cafona, piegas, enfim, pode ser mil coisas...Mas dentro dessas – mil coisas – também é AMOR e é BELO!  (Mani Jardim)

Despretensiosamente bom!

Às vezes a inspiração vem nos visitar D E S P R E T E N S I O S A M E N T E ! E como eu gosto das coisas despretensiosas. Elas têm um gostinho tímido de liquidação de coletânea do ídolo por um precinho camarada. Quando não estamos esperando e "de repente" somos surpreendidos com uma oferta indispensável da qual contaremos até que o dia termine, exibindo um sorriso rasgado e dizendo "você viu só que sorte a minha". Pois é... é mesmo muito bom. Você resolve levantar a cabeça e olhar para o céu e lá está ela: cadente e linda, caindo só pra você fazer um pedido.  As conquistas despretensiosas são mesmo uma delícia! (Mani Jardim)

Sorria!

"Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estiver triste, porque nunca se sabe quem pode se apaixonar por teu sorriso."  (Gabriel García Márquez)

Foi bonita a festa, pá, fiquei contente.

Ser mais do que um pensamento solto Uma saudade repentina  Um amor que já passou.  O que essas lembranças me bagunçam você não faz ideia  Ah... se das minhas milhões de meia dúzia e meia de qualidades  eu fosse um pouco corajosa! (Mani Jardim)

Os artigos dele...

Os artigos “dele”, suas palavras, seus trocadilhos. Eu passo o dia lutando contra mim mesma pra deixar seu “site” pra mais tarde. Às vezes eu perco e entro logo no comecinho da manhã, às vezes eu me seguro e entro só no final da noite – e passo horas viajando (...). Esse “homem” é mesmo um gênio, um alquimista das palavras. Ele enche meu coração de sensações, uma manifestação mágica, maravilhosa!

Me embala...

Estou completamente apaixonada por esta música e - como sabem - eu sou completamente apaixonada por este homem.