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Mostrando postagens de agosto, 2014

O CONTO DO PALHAÇO TRISTE

Ontem, quando soube da notícia da morte do ator Robin Willians, ou melhor, quando eu soube da forma como o ator morreu (porque a morte choca, mas é uma condição da vida, já a maneira como ela vem é que nos deixa realmente surpresos), fiquei assustada. Acredito que 90% das pessoas o associavam a um sentimento bom, de amor e, sobretudo de alegria. Li muitas mensagens: “seus personagens me trouxeram tanta felicidade...”. Mas por algum motivo a alegria que transmitia não era suficiente para si mesmo. É como o conto do palhaço triste ou como o ferreiro que em sua casa utiliza apenas espetos de pau. É complicado. Todavia, ao que me parece, a sociedade está caminhando para uma “versão inversa do seu verdadeiro eu”. Pior ainda do que o autor que pelo menos foi sincero em muitas declarações, mas caminhando para o mesmo fim, a sociedade do espetáculo, que deu origem à sociedade da exposição, abastece constantemente seus aparatos com sorrisos, pratos formidáveis, paisagens estonteantes..