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“Ressinto-me de minha rebeldia, de minha revolta gratuita. Sou assim desde pequena, o bebe que não aceitava presilhas no cabelo. Cuja primeira palavra foi um sonoro e pontual: NÃO! Sei que preciso aprender a lidar com as cortinas da vida, mas minha terapia evolui “a passos de formiga e sem vontade”, porque gosto de ir parando no caminho. Eu que já personifiquei admito a minha sensibilidade excêntrica, mas, acima de tudo, a minha ambição espiritual. Gosto de fidelizar sensações e escrevo para dizer que não me canso. Escrevo para afirmar, de forma cansativa, a minha persistência em ser incansável. As palavras que saem de mim não são verdades absolutas, não são teorias cientificas capazes de resolver equações complexas, tampouco trazem a cura de qualquer cólera vagabunda. Não! São sentimentos em ebulição, em busca de uma simbiose qualquer. Para o outro talvez sejam palavras sem a menor inter-relação, mas- para mim- são sangradas da alma. Reagem ao meu entusiasmo, transformam o meu exterior e me eternizam. São minhas estalagmites e estalactites, expressões abstratas que definem e decoram minha caverna interior. Nelas afirmo minha independência, o meu guidão condutor (...)”


                              (Mani Jardim - trecho de A Fresta de Minha Fossa Abissal)  

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Sarah Burton chega ao Brasil, a estilista inglesa será uma das palestrantes do seminário Hot Luxury. A conferência sobre o segmento de luxo terá ainda a participação de Carolina Herrera, Diane von Furstenberg e Francisco Costa, entre outros.

Rabiscos

Sinto-me como um equilibrista em seus primeiros meses de treino. Caio, levanto, depois caio novamente. Não é fácil. Na verdade, é bem difícil treinar um novo andar, um andar em duas pernas. O mundo segue, os problemas chegam e ninguém espera você aprender a ser singular. Mas, com o tempo, as luzes apagam e acendem e você começa a gostar mais desse novo estar. Como uma peça de quebra-cabeça que ainda não se encaixou completamente, mas está perfeitamente posicionada no seu vazio ideal, na porta de entrada da sua própria caverna interior! Você olha pra dentro e percebe que, de verdade, você nunca esteve ali. Não assim, tão entregue, tão livre, com tanto tempo pra perder.  Tem tantas coisas para arrumar, mas você caminha aos poucos... Coloca um vaso de flor na janela dos olhos, uma nova toalha na cortina da alma. E assim segue... Com uma felicidade tímida no canto do rosto e uma estranheza gostosa, como quando acaba de desencaixotar a mudança.  Se distrai um pouco e inesperadament

Adoro os acessórios da Vanessa Rozan