Por que estamos chegando aos 50 com uma coletiva massa
feminina se questionando duramente: "o que eu fiz da minha vida"?
Sim, é possível parar esta roda. Afinal, quando uma mulher diz BASTA, toda a
sociedade avança com ela. A misoginia escondida no rótulo de mulher guerreira
inclui muitos subtítulos (musa, mãe, mulher, profissional, dona de casa...)
que, somados, transformam a vida em um roteiro genérico, apático, sem
pertencimento e singularidade. Deixar a sociedade aplicar ao seu EU uma
tonelada de rótulos sem o seu real consentimento é algo tóxico e, já
comprovamos, ruma para uma profunda depressão futura. Não há nada de errado em
priorizar o papel mais genuíno que lhe trouxe à Terra: ser você! Sem concessões
excessivas (e abusivas, diga-se de passagem). Uma dica é que, a cada palavrinha
bonita que oferecer ao outro, aplique um “auto” antes e ofereça a você mesma:
autocuidado, autoadmiração, auto-análise. E, por fim, a cada SIM que disser,
esteja ciente de que você é a personagem principal da SUA história! Boa sorte,
estamos juntas.
(Mani Jardim em A Fresta
de Minha Fossa Abissal)