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MISS CANSEI!





Por que estamos chegando aos 50 com uma coletiva massa feminina se questionando duramente: "o que eu fiz da minha vida"? Sim, é possível parar esta roda. Afinal, quando uma mulher diz BASTA, toda a sociedade avança com ela. A misoginia escondida no rótulo de mulher guerreira inclui muitos subtítulos (musa, mãe, mulher, profissional, dona de casa...) que, somados, transformam a vida em um roteiro genérico, apático, sem pertencimento e singularidade. Deixar a sociedade aplicar ao seu EU uma tonelada de rótulos sem o seu real consentimento é algo tóxico e, já comprovamos, ruma para uma profunda depressão futura. Não há nada de errado em priorizar o papel mais genuíno que lhe trouxe à Terra: ser você! Sem concessões excessivas (e abusivas, diga-se de passagem). Uma dica é que, a cada palavrinha bonita que oferecer ao outro, aplique um “auto” antes e ofereça a você mesma: autocuidado, autoadmiração, auto-análise. E, por fim, a cada SIM que disser, esteja ciente de que você é a personagem principal da SUA história! Boa sorte, estamos juntas. 


 (Mani Jardim em A Fresta de Minha Fossa Abissal)

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“Ressinto-me de minha rebeldia, de minha revolta gratuita. Sou assim desde pequena, o bebe que não aceitava presilhas no cabelo. Cuja primeira palavra foi um sonoro e pontual: NÃO! Sei que preciso aprender a lidar com as cortinas da vida, mas minha terapia evolui “a passos de formiga e sem vontade”, porque gosto de ir parando no caminho. Eu que já personifiquei admito a minha sensibilidade excêntr ica, mas, acima de tudo, a minha ambição espiritual. Gosto de fidelizar sensações e escrevo para dizer que não me canso. Escrevo para afirmar, de forma cansativa, a minha persistência em ser incansável. As palavras que saem de mim não são verdades absolutas, não são teorias cientificas capazes de resolver equações complexas, tampouco trazem a cura de qualquer cólera vagabunda. Não! São sentimentos em ebulição, em busca de uma simbiose qualquer. Para o outro talvez sejam palavras sem a menor inter-relação, mas- para mim- são sangradas da alma. Reagem ao meu entusiasmo, transf...
Eu sou alguém que se mudou, ainda não sei bem pra onde. Às vezes temo ter me mudado de mim mesma, me sinto distante, não só dos meus, mas também das minhas... das minhas manias, das minhas alegrias, das minhas pedaladas, enfim, talvez das minhas gargalhadas. Estou buscando o caminho de volta, mas me perdi, não sei mais por onde seguir, penso que tem caminhos que a vida toma que transformam os antigos e, talvez, não tenha volta. O tempo passa, a vida muda... e é possível que eu tenha me mudado de mim e tenha me perdido em uma floresta grande e sem nada que faça com que eu me reconheça.  (foto: https://wallhere.com/) 

Trace a sua linha!

Aprenda a ser tolerante, mas não tolere tudo! O limite que você impõe, assume a proteção da sua própria responsabilidade emocional. Não hesite em proteger-se! ( Mani Jardim - trecho de A Fresta de Minha Fossa Abissal )