Eu sou alguém que se mudou, ainda não sei bem pra onde. Às vezes temo ter me mudado de mim mesma, me sinto distante, não só dos meus, mas também das minhas... das minhas manias, das minhas alegrias, das minhas pedaladas, enfim, talvez das minhas gargalhadas. Estou buscando o caminho de volta, mas me perdi, não sei mais por onde seguir, penso que tem caminhos que a vida toma que transformam os antigos e, talvez, não tenha volta. O tempo passa, a vida muda... e é possível que eu tenha me mudado de mim e tenha me perdido em uma floresta grande e sem nada que faça com que eu me reconheça. (foto: https://wallhere.com/)
Por que estamos chegando aos 50 com uma coletiva massa feminina se questionando duramente: "o que eu fiz da minha vida"? Sim, é possível parar esta roda. Afinal, quando uma mulher diz BASTA, toda a sociedade avança com ela. A misoginia escondida no rótulo de mulher guerreira inclui muitos subtítulos (musa, mãe, mulher, profissional, dona de casa...) que, somados, transformam a vida em um roteiro genérico, apático, sem pertencimento e singularidade. Deixar a sociedade aplicar ao seu EU uma tonelada de rótulos sem o seu real consentimento é algo tóxico e, já comprovamos, ruma para uma profunda depressão futura. Não há nada de errado em priorizar o papel mais genuíno que lhe trouxe à Terra: ser você! Sem concessões excessivas (e abusivas, diga-se de passagem). Uma dica é que, a cada palavrinha bonita que oferecer ao outro, aplique um “auto” antes e ofereça a você mesma: autocuidado, autoadmiração, auto-análise. E, por fim, a cada SIM que disser, esteja ciente de que vo