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Eu sou alguém que se mudou, ainda não sei bem pra onde. Às vezes temo ter me mudado de mim mesma, me sinto distante, não só dos meus, mas também das minhas... das minhas manias, das minhas alegrias, das minhas pedaladas, enfim, talvez das minhas gargalhadas. Estou buscando o caminho de volta, mas me perdi, não sei mais por onde seguir, penso que tem caminhos que a vida toma que transformam os antigos e, talvez, não tenha volta. O tempo passa, a vida muda... e é possível que eu tenha me mudado de mim e tenha me perdido em uma floresta grande e sem nada que faça com que eu me reconheça.  (foto: https://wallhere.com/) 
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MISS CANSEI!

Por que estamos chegando aos 50 com uma coletiva massa feminina se questionando duramente: "o que eu fiz da minha vida"? Sim, é possível parar esta roda. Afinal, quando uma mulher diz BASTA, toda a sociedade avança com ela. A misoginia escondida no rótulo de mulher guerreira inclui muitos subtítulos (musa, mãe, mulher, profissional, dona de casa...) que, somados, transformam a vida em um roteiro genérico, apático, sem pertencimento e singularidade. Deixar a sociedade aplicar ao seu EU uma tonelada de rótulos sem o seu real consentimento é algo tóxico e, já comprovamos, ruma para uma profunda depressão futura. Não há nada de errado em priorizar o papel mais genuíno que lhe trouxe à Terra: ser você! Sem concessões excessivas (e abusivas, diga-se de passagem). Uma dica é que, a cada palavrinha bonita que oferecer ao outro, aplique um “auto” antes e ofereça a você mesma: autocuidado, autoadmiração, auto-análise. E, por fim, a cada SIM que disser, esteja ciente de que vo

Trace a sua linha!

Aprenda a ser tolerante, mas não tolere tudo! O limite que você impõe, assume a proteção da sua própria responsabilidade emocional. Não hesite em proteger-se! ( Mani Jardim - trecho de A Fresta de Minha Fossa Abissal )  

Rabiscos

Sinto-me como um equilibrista em seus primeiros meses de treino. Caio, levanto, depois caio novamente. Não é fácil. Na verdade, é bem difícil treinar um novo andar, um andar em duas pernas. O mundo segue, os problemas chegam e ninguém espera você aprender a ser singular. Mas, com o tempo, as luzes apagam e acendem e você começa a gostar mais desse novo estar. Como uma peça de quebra-cabeça que ainda não se encaixou completamente, mas está perfeitamente posicionada no seu vazio ideal, na porta de entrada da sua própria caverna interior! Você olha pra dentro e percebe que, de verdade, você nunca esteve ali. Não assim, tão entregue, tão livre, com tanto tempo pra perder.  Tem tantas coisas para arrumar, mas você caminha aos poucos... Coloca um vaso de flor na janela dos olhos, uma nova toalha na cortina da alma. E assim segue... Com uma felicidade tímida no canto do rosto e uma estranheza gostosa, como quando acaba de desencaixotar a mudança.  Se distrai um pouco e inesperadament

A cor laranja...

Tem uma coisa especial na cor laranja. Não sei se é o conforto dos dias mais quentes ou se é o sabor de fruta madura no pé. Já reparou que todas as estações têm uma pincelada especial da cor laranja? Na Primavera, as calêndulas estão por toda parte, conferindo um charme peculiar aos matinhos tímidos das calçadas. Enquanto que o Verão permite um show à parte de raios em cada amanhecer.  As fotografias de Outono trazem o tom laranja contido das folhas secas. Já o Inverno, tão sombrio e trancado, faz a gente tirar do armário abusados casacos cor de abóbora. Dizem por aí que vermelho é a cor da paixão, não sei, mas é a cor laranja que faz vibrar meu coração! ( Mani Jardim - trecho de A Fresta de Minha Fossa Abissal ) 

...

“Ressinto-me de minha rebeldia, de minha revolta gratuita. Sou assim desde pequena, o bebe que não aceitava presilhas no cabelo. Cuja primeira palavra foi um sonoro e pontual: NÃO! Sei que preciso aprender a lidar com as cortinas da vida, mas minha terapia evolui “a passos de formiga e sem vontade”, porque gosto de ir parando no caminho. Eu que já personifiquei admito a minha sensibilidade excêntr ica, mas, acima de tudo, a minha ambição espiritual. Gosto de fidelizar sensações e escrevo para dizer que não me canso. Escrevo para afirmar, de forma cansativa, a minha persistência em ser incansável. As palavras que saem de mim não são verdades absolutas, não são teorias cientificas capazes de resolver equações complexas, tampouco trazem a cura de qualquer cólera vagabunda. Não! São sentimentos em ebulição, em busca de uma simbiose qualquer. Para o outro talvez sejam palavras sem a menor inter-relação, mas- para mim- são sangradas da alma. Reagem ao meu entusiasmo, transf
Presente pro meu coração! Alegria das minhas manhãs! Companhia das minhas madrugadas! Amor gostoso de receber! Carinho bom de dar! Te amo, Bilbo Bolseiro. (Foto: Mani Jardim)